O colesterol é um importante precursor para a síntese de hormônios vitais no funcionamento do corpo, como a progesterona, o estrogênio, a testosterona, a epinefrina e a norepinefrina. Entretanto, o aumento deles na corrente sanguínea contribui para a evolução de um quadro clínico chamado aterosclerose, que é o acúmulo desses lipídeos no interior das artérias.
A elevação nos níveis de colesterol sanguíneo ou de triglicerídeos é denominada dislipidemia. Essa doença também está associada à baixa concentração de lipídeos de alta densidade (HDL) no sangue.
Logo, ocorrerá dislipidemia quando houver baixa concentração de HDL com relação aos lipídeos de baixa densidade (LDL), o denominado colesterol ruim. As causas estão relacionadas a fatores genéticos (primárias) e outros como os hábitos de vida (secundárias).
Para entender mais sobre esse assunto, o texto a seguir aborda os sintomas e tratamentos da doença.
Quais os sintomas da dislipidemia?
Os altos níveis de colesterol são os principais fatores para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Logo, os seus sintomas estão quase sempre associados a quadros como o infarto, hipertensão, acidente vascular cerebral, entre outros.
Em grande parte, a dislipidemia não causa sintomas aparentes. Somente em casos mais avançados de obstrução das artérias é possível observar os sinais, tais como:
- dor no peito (peso, aperto, queimação ou até pontadas);
- falta de ar;
- sudorese;
- palpitação e fadiga.
Nas artérias cerebrais, os sintomas neurológicos que levam ao acidente vascular cerebral podem ser:
- formigamento;
- paralisia;
- perda da fala;
- sonolência
Em todos esses casos é fundamental que os níveis de colesterol sejam medidos regularmente com acompanhamento de um cardiologista, uma vez que alterações podem expor o indivíduo a risco de morte por infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC). Caso haja histórico familiar, essa avaliação se faz ainda mais necessária.
Como evitar o problema?
A doença pode ser evitada associando a prática de exercícios físicos à alimentação balanceada. Deve-se evitar o consumo de gorduras saturadas, como óleo de coco e dendê, carne vermelha em excesso, gema de ovo, manteiga, laticínios, mortadela, salame, queijos amarelos e alimentos industrializados.
Estudos comprovam a redução dos níveis de HDL em associação com o tabagismo. Logo, o abandono desse hábito se faz indispensável para evitar a doença. O consumo de álcool também deve ser evitado.
Como é o tratamento?
A intensidade do procedimento será diretamente dependente do risco cardiovascular do indivíduo, ou seja, aquele com histórico de problemas vasculares, como a aterosclerose. O tratamento pode ser tanto medicamentoso como alimentar.
Em casos em que o indivíduo não apresenta um quadro grave, é importante reduzir cerca de 35% dos níveis de gorduras ruins. Resultados favoráveis na redução desse panorama são obtidos pela associação da prática de atividade física e uma alimentação rica em gorduras insaturadas.
Em todos os casos, a melhor maneira de prevenir a dislipidemia é a visita recorrente ao médico e a manutenção de hábitos saudáveis.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cardiologista em Niterói!